Dançando ao Som dos Bandolins - Yriel

- Ajudaria muito se você soubesse o nome da bruxa e o nome do feitiço que ela usou. Mas por hora, se me levar ao local onde aconteceu a tragédia já ajuda bastante. - diz Elia

- Se tiver qualquer outro detalhe que achar relevante dizer, também ajuda - diz Jhaer

Vocês se deslocam por algum tempo até que finalmente chegam ao local do "acidente". Elia dá umas examinadas, pega uns (muitos) objetos transparentes - parece até que ela só carregava isso na mochila -, entrega para a Jhaer e pede para ela pegar algumas amostras. Elas ficam nessa tarefa até anoitecer.

OFF: Você está livre para agir

OFF: não falei que tinha amanhecido, mas já que falou deixa. Tinha coisa para acontecer de madrugada.

As meninas parecem incansáveis no intuito de desvendar o mistério e encontrar pistas que possam ajudar a banir a maldição...

Uma hora estão pegando mais amostras, outra hora estão misturando uns pozinhos e uns líquidos, outra hora conjuram magias, outra hora jogam as misturas em um pedacinho amaldiçoado da floresta, e depois recomeçam tudo de novo. Há esperança e determinação nos olhares delas.

Em determinado momento, um dos guardas se aproxima e solicita lhe falar:

- Princesa, sua mãe, vossa Majestade, invoca sua presença no aposento dela.

- Tudo bem, fadinha - diz Jhaer - Faremos o que estiver ao nosso alcance.
- Não há nada para informar à vossa majestade ainda - completa Elia.

Você acompanha os guardas, que a deixam bem em frente ao aposento real. Suas irmãs estão lá com sua mãe, à sua espera.

- Ah, minha filha! Só faltava você para nossa reunião começar!

Então todas pegam suas gotas de orvalho, um pouco de néctar, algumas sementes e frutas. Se sentam em círculo e começam a desjejuar. Uma de suas irmãs então pergunta:

- Como é o mundo lá fora, Yrel?
- Conheceu muitos humanos?
- É verdade que eles têm pelos na cara, como os macacos?

Falatório geral. Não dá pra destingüir quem está perguntando o que, então sua mãe, com voz altiva diz:

- Calma, meninas! Deixem sua irmã falar!

OFF: Não dava para saber que o homem morto foi o mesmo que te atacou mais tarde porque ele já estava em outra forma. Cuidado com o meta-jogo!

Todas se admiram!

- Casca grossa de que?
- Escravizando nossos irmãos! Coiitados! Você os libertou?
- que tipo de magia escusa era essa? talvez fosse capaz de salvar nossa floresta...
- que bom que o velhinho te ajudou! Dizem que humanos não vivem muito, e quando estão em idade avançada, ficam ruins da cabeça!

quando fala do homem morto:

- como assim homem morto? que aberração é essa? Isso vai contra todas as leis naturais! - diz sua mãe
- Conte mais detalhes, Yrel. Voce nem fez prosa nem poesia de nada. Parece até que a viagem não teve relevância para você, mas nós queremos saber tudo, cada detalhe! - finaliza uma de suas irmãs.

Yrel não sabe a quem responda primeiro, são tantas perguntas e ela quase não tem respostas e diz: - A maioria das coisas são bem diferente daqui e muitas coisas eu nem sequer compreendia, acho que vocês estão certas, talvez fazendo uma poesia, eu interprete o mundo de uma maneira melhor, afinal, é como eu costumo ver as coisas não é?

A fada pega o seu alaúde e toca alguns acordes e começa uma canção:

Caminhos novos conheci, um mundo novo eu vivi
A vida é tão estranha fora da minha floresta....
Muita novidade aprendi, coisas estranhas eu vivi
Imagens belas e ululantes, o voo do navio, assanhando meus cabelos...
Nuvens brancas, palácios rosa e muitos magos orgulhosos
Há Elfos patrulhando a magia, magia sendo contrabandeada
O sol se poe no colo de Lathander e minha vida é decidida por Bahamut
São os deuses tricotando o meu caminho em busca da salvação...

Yrel olha para a sua família e diz: - Mas tudo isso não foi nada, perto da saudade que senti de vocês... E toca um acorde doce e que demonstra todo o seu amor e lagrimas correm dos seus olhos lembrando da sua falecida irmã...

- Conte mais Yrel! - suplica uma das irmãs.

Após o desjejum, todas caminham pelo palácio e a manhã se passa assim, com a família reunida cada fada sanando a falta que sentia da outra da melhor forma possível. 


- Como são essas suas acompanhantes, Yrel? podemos mesmo confiar nelas?

- Então, quando Lathander estiver alto no céu, convocarei-as para compartilharmos um generoso farnel! - diz a rainha, voltando-se em seguida aos guardas - ordene que colham mais sementes e frutas, mais tarde celebraremos com as forasteiras.

- Sim, Majestade!

Chega a hora designada pela rainha e todas as fadas preparam o local da refeição. Pouco antes de serem convocadas, as duas aparecem afoitas. Um guarda as anuncia:

- Senhoritas Humanas Elia e Jhaer do Vale da Névoa!

- Apresentem-se!

- Majestade! - se curvando


- Vocês estão muito afoitas. Por favor, sirvam-se do nosso banquete. depois conversamos.

- Mas majestade!

- É uma ordem! Yrel, mostre a elas como fazemos aqui, sim, querida?

Zignon escreveu:Aproxima-se das duas e diz: - Queridas, aqui no reino das fadas, o tempo é fluido, e estar uma com as outras é a prioridade! 

OFF: na versão 3.5 as fadas vivem nas florestas. Não existe plano feérico não, portanto o tempo é igual para todos! Cuidado com o meta-jogo!

As meninas sentam, todas comem e saboreiam as frutas e sementes até que, enfim, termina o banquete. O clima fica momentaneamente descontraído, visto que fadas são mesmo criaturas joviais e alegres. Quando todas se retiram da "mesa", eis que a rainha vem falar com Elia e Jhaer:

- Muito bem, o que era tão urgente falar que demandava minha atenção?


- Magestade, enquanto pegávamos amostras para descobrir como reverter a maldição, percebemos que ela voltou a avançar pela floresta!


- Que calamidade! - fala para todas as outras fadas - Minhas filhas! Precisamos retornar ao ritual! A maldição voltou a corroer nosso amado lar!

- Sim, mãejestade! - diz suas irmãs

- Yrel, você auxilia suas companheiras no que elas precisarem. 


As fadas voam para a árvore sagrada, dão as mãos e voltam a entoar seus cânticos aos Deuses. Elia e Jhaer rapidamente voltam a coletar e estudar as amostras para resolver logo esse problema. E ficam assim o dia todo! Lathander esconde sua face, os guardas vêm fazer a guarda da rainha e das filhas dela, e outros dois vêm proteger a Clériga e a Barda.


- Yrel, providencie algo para elas beberem e depois pode ir descansar. Ficaremos esta noite em vigília, velando-as. - diz um dos guardas.

- Como disse antes - diz Elia - ajudaria bastante se soubesse o nome da bruxa ou o feitiço que ela usou. Sem essas informações, somente com outros pesquisadores da Arte para nos ajudar, mas acredito que em breve teremos alguma coisa para podermos conter a maldição, não se preocupe - finaliza sorrindo.

- Você precisa ser forte para acalentar os corações de sua família, e talvez do reino todo. Por isso descanse. - Diz Jhaer.

Você vê os guardas se pondo de guarda próximos das meninas, mas com cautela para não chegarem perto da área da maldição. Alguns animais ficam mais próximos da rainha e sua irmãs, fazendo vigília com os guardas reais.

OFF: Está livre para agir

Sua mãe não responde. Ela e suas irmãs estão concentradas em manter a maldição sob controle. Mas os guardas reais te dizem:

- Princesa, pode fazer o que achar que for necessário. Sua mãe iria se agradar bastante.

Yrel senta em uma pedra e fica reflexiva, começa a pensar em como pode ajudar, pois ela quer ajudar e lembra de uma fala da sua mãe, a rainha, que dizia que a sua voz e a sua música traziam poder para o seu povo.

A fada trabalha estas palavras na cabeça e nunca se sentira poderosa como as outras fadas, era menor que as irmãs, era a mais nova e não fora forte o suficiente para salvar sua irmã e chora ao lembrar disto, mas logo se recompõe e diz para se mesma: - Eu sou uma fada, eu sou uma barda e pega o seu alaúde e começa a dedilhar.

Vem a sua mente, varias palavras e conselhos da sua mãe e eles tocam seus ouvidos treinados como se música fosse e ela decide coloca-los em forma de uma trova e da sua voz sai uma canção:


Juntas em ritual celebramos a vida
Unidas pelo amor, somos um só corpo
Nada pode então nos vencer
Todas rumando na mesma direção
A floresta é nosso lar, vamos a alimentar
Somos a sua defesa, a corrente está formada.

Sob a forma da magia das fadas
O mal vamos juntas suplantar
Mesmo que possa demorar a vitória
O bem, o amor e a união vencerá!
Somos as fadas, pequenas, mas fortes.

Felizes vivemos as nossas vidas
O futuro, construímos hoje, com coragem
Rainha poderosa nos lidera e fortalece
Temos um coração inquebrantável
Este mal irá para longe, destruído
Sentimos a força da natureza e dos nossos aliados.

E sentindo-se cheia de energia e revigorada, repete seu canto, olhando para a sua mãe e suas irmãs, sabendo que elas recebem daquela forma a sua força e amor. E eleva seus pensamentos para as suas aliadas, torcendo que logo elas achem as respostas...

Você entoa sua balada de todo seu coração, porém elas estão tão concentradas em conter a maldição que apenas recebem o efeito de seus acordes e nuances musicais, como um aroma balsâmico que toma conta desta pequena área, inspirando todos a persistirem. Os guardas que antes pareciam sonolentos, agora se mostram mais  alertas e confiantes. As preces dirigidas à grande árvore agora estão mais afinadas assertivas. Os animais diurnos são substituídos pelos noturnos e estes contribuem para que a floresta se mantenha conservada, na medida de suas capacidades, sempre "tocando" quem fraquejasse na vigília.

Infelizmente, o efeito de sua canção não dura a noite toda, logo todos estão cansados, e a fadiga é maior, pois sua canção mascarava os sintomas. Os guardas são rendidos por outros já descansados, os animais não resistem e se recolhem, mas ficam por perto, na corte, apenas a Rainha e suas irmãs permanecem com a árvore, sem desistir!

A noite vai avançando, e nada das suas companheiras darem notícia, você vê outros guardas saindo do palácio indo render os guardas que estão com elas. Os que voltam, vêm falar com você:


- Princesa, precisa descansar. Nós precisamos estar bem para podermos ajudar nossa Rainha, se cairmos, ela cai também!

A noite parece passar sem maiores incômodos. Você tem um sono agraciado pelos Deuses. A floresta provê a temperatura ideal para que possa descansar e acordar no dia seguinte revigorada. 

De repente, você acorda e vê que sua mãe e as suas irmãs não estão mais orando na árvore. Os passarinhos já puseram-se a chilrear, outros a arrulhar, outros a gorgear. Os roedores a chiar. As abelhas zunzunem enquanto colhem pólen e néctar diário. Tudo na mais perfeita paz.

Em determinado momento, um dos guardas se aproxima e solicita lhe falar:

- Princesa, sua mãe, vossa Majestade, invoca sua presença no aposento dela.

Você acompanha os guardas, que a deixam bem em frente ao aposento real. Suas irmãs estão lá com sua mãe, à sua espera.

- Yrel! Aguardávamos apenas você para nossa reunião começar!

Todas se sentam em círculo e a rainha pega as gotas de orvalho, um pouco de néctar, algumas sementes e frutas e as distribui entre você e suas irmãs. Então começam a desjejuar. Suas irmãs começam a inquirir, eufóricas:

- O que você aprendeu lá fora, Irmãzinha?
- Como são os povos fora da floresta?
- É verdade o que o elfo falou que eles morrem cedo?
- Existem animais diferentes?
- Encontrou outras fadas?

As perguntas parecem que não acabam. Então a rainha diz, para acalmar os ânimos das fadinhas:

- Deixem sua irmã falar! Tenham calma! 

Yrel come com as irmãs enquanto elas irrompem com tantas perguntas, sua mãe pede para que elas tenham calma e lhe deixem falar sossegada e Yrel decide responder em versos.

Ela pega o seu Alaúde e dedilha alguns acordes doces e melodiosos e começa o seu canto:

Enfrentei a vida de frente, apenas a saudade foi difícil de suportar
Xeretei muitos lugares, enfrentei perigo e tensão, vi muita beleza e esplendor
Passei por cidades, vales, rios e florestas, voei até no navio veloz como o vento...
Enfrentei meu medo e desafiei um terrível capitão, que me salvou de uma enrascada...
Ri com os hábitos dos humanos, com suas frivolidades, admirei elfos com sua altivez
Instantes que sempre povoarão minhas memórias, e que me inspirarão melodias.
Enfrentei homens maus que maltratavam animais e lhes impus um duro castigo.
Nadei em rios, voei e fiz piruetas, vi um velho que os pássaros seguiam a sua cabeça
Cada momento foi único, até na cabeça de um homem entrei e vi seus temores.
Iluminei o meu saber e conhecimento com novas terras e saberes. Novas melodias...
Ainda assim, nenhum lugar supera a nossa floresta e o prazer de estar com vocês.


Yrel dedilha mais alguns acordes em silêncio e espera ouvir o que sua mãe e irmã tem para dizer.

- Suas irmãs estão ávidas por saber mais do mundo lá fora, mas eu quero passar um tempo com você, amada filha.

Vocês caminham por uma área não maculada da floresta, próximo do palácio, então a rainha diz:


- Suas companheiras parecem bem dedicadas na tarefa... Só espero que elas não usem o conhecimento que adquirirem aqui para usar contra nós no futuro. 

Ela chama um dos guardas reais


- Por favor, mande prepararem um banquete para ser servido às acompanhantes de minha filha. Avise-nos e às princesas quando estiver tudo pronto.

OFF: Está livre para agir

Vocês passeiam mais um pouco pela floresta e, quando Lathander está bem no alto, um dos guardas reais anuncia que o banquete está pronto.


- Convoque as acompanhantes de minha filha - diz a rainha ao guarda, voltando-se em seguida para você - Vamos nos encontrar com suas irmãs.

Elas já estão todas em volta da comida, serelepes. A rainha põe ordem na agitação delas. Em seguida um guarda chega e anuncia:

- Senhoritas Humanas Elia e Jhaer Brightsong do Vale da Névoa!

- Apresentem-se!

- Majestade! - se curvando

- Nossa, que caras são essas... Por favor, provem nosso manjar. Foi tudo colhido hoje, está fresquinho. Depois vocês me dizem o que as preocupa.

- Mas majestade!  - diz um pouco decepcionada.

- Vai questionar a ordem da Rainha?!? 


- Não majestade!  - diz abaixando a cabeça.



- Yrel, ajude suas irmãs a ensinar nossos costumes, sim, querida?