O Retorno... e de Volta Outra Vez - Zordan & Nyneve

OFF: Vixe! Acabei de me dar conta que esquecemos de lootear o corpo do orc D:


On:

Nyneve abre um sorriso, confirmando os rumores que o prefeito tinha ouvido.

-Sim. Podemos afirmar que a água está purificada. Ela não causará mais enfermidades.

Ela desce do cavalo e põe Garra Vermelha no chão ao seu lado:

-Porém, temo que as pessoas que já foram afetadas pela doença podem continuar a transmití-la. Se esse for realmente o caso, sei que o Templo de Oghma em Suzail tem poções que podem expurgar esse mal do corpo dos enfermos. Talvez precisemos pedir que nos envie algum estoque dessa poção. Além disso, há outras coisas que gostaríamos de discutir em relação às minas e o rio convosco.

OFF: Não se preocupe, os Kobolds fizeram isso por você 

-Sim. Podemos afirmar que a água está purificada. Ela não causará mais enfermidades

- Oh... Que ótima notícia! Muito mais eficiente que o velho druida...

Assim que o Lord vê o Kobold se exalta, falando:

- Porque trouxe essa criatura pestilenta para minha cidade?

Isso faz todos ficarem temerosos

-Porém, temo que as pessoas que já foram afetadas pela doença podem continuar a transmití-la. Se esse for realmente o caso, sei que o Templo de Oghma em Suzail tem poções que podem expurgar esse mal do corpo dos enfermos. Talvez precisemos pedir que nos envie algum estoque dessa poção. Além disso, há outras coisas que gostaríamos de discutir em relação às minas e o rio convosco.

- Posso enviar um mensageiro para ir buscar as poções agora mesmo! - Diz Sarp imperativamente, já fazendo sinal para um dos guardas que seguram a multidão alvoroçada.

A Historiadora escreve algo rápido num pergaminho e entrega ao guarda, que faz um sinal positivo com a cabeça e parte a galope em direção à Capital. Sarp então diz:

- Agora... o que gostaria de discutir sobre a pedreira? - com ar de negociador

Nyneve já sabia que teria que explicar sobre o kobold e já se colocara na defensiva.

-Este é o Garra Vermelha. Não teríamos conseguido solucionar o problema da pedreira sem ele e seu clã. O lugar tinha sido tomado por um orc maligno que estava amaldiçoando a água. Apenas com a ajuda de Garra Vermelha e seu grupo que eu e Zordan conseguimos derrotá-lo.

Nesse momento Nyneve percebe o quanto estava exausta, com fome e com frio. Possivelmente só conseguia se manter de pé por conta do amuleto dado por seu pai. 
Nesse momento, parece que sua pressão estava para cair, mas ela rapidamente se apoia em seu cajado.

-Talvez poderíamos falar em lugar mais reservado e mais aquecido? Tivemos uma noite turbulenta, Zordan especialmente, precisa de alguns cuidados especiais, ele acabou sobrecarregando seu corpo durante a luta. Eu tentei tratá-lo, mas só consegui fazer o mínimo para evitar que sua situação se agravasse. Eu também não estou nas minha melhores condições...

Sarp fecha a cara quando menciona os feitos do kobold.

- Se a senhorita diz... Este barrigudo aqui acredita. Mas que ele se comporte enquanto estiver na cidade!

-Talvez poderíamos falar em lugar mais reservado e mais aquecido? Tivemos uma noite turbulenta, Zordan especialmente, precisa de alguns cuidados especiais, ele acabou sobrecarregando seu corpo durante a luta. Eu tentei tratá-lo, mas só consegui fazer o mínimo para evitar que sua situação se agravasse. Eu também não estou nas minha melhores condições...

- Este velho barbudo entende perfeitamente e vai atender seu pedido! A senhorita errr... os senhores podem escolher onde desejam pernoitar, temos três ótimas pousadas! Este turrão pede desculpas por não os convidar para a residência dele, porque não tem dormitórios sobrando. Tem o estábulo do Sendever, onde podem deixar seu belo animal e a melhor pousada que fica ao lado das balsas. Pousada Wyvern vigilante, apenas 1 falcão de prata com tudo incluido e 2 peças de cobre custeiam os cuidados com o garanhão. Para conversarmos, temos a Bainha Escarlate, de Anthara Shalymarr. Podemos negociar sossegados e ainda nos servirmos de ótimas bebidas.

O estômago de Nyneve se embrulha com a falta de cortesia do velho prefeito. Ela olha para Zordan com um pouco de indignação pra saber o que ele achava do plano do prefeito.

Zordan percebe seu incômodo, pois a ele também o Lord da cidade demonstra ter costumes impolidos. Ele diz discretamente a você:

- Os valores destas hospedagens estão bem acima do que podemos pagar. Ele deve achar que somos nobres ou algo parecido! Se o estábulo for mais em conta, prefiro passar a noite lá com Agouro. Poderíamos ainda pernoitarmos na casa da Senhora Lia, se assim ela nos permitir.

Com essa observação de Zordan, você desconfia que apesar da aparente gratidão de Sarp, ele ainda quer lucrar às suas custas. Ele, percebendo sua hesitação, interrompe a conversa e diz:

- Por favor, amigos, não interpretem mal este turrão, ele estava apenas visando seu conforto depois de uma longa e cansativa batalha! - Faz uma pausa como se estivesse prestes a se arrepender de algo - O Lord Sarp aqui vai pagar seu jantar! O que acham? Assim estarão revigorados para a grande festa que faremos amanhã em homenagem a vocês!!!

Em meio a essa conversa, Garra Vermelha desaparece.

OFF: Faça um teste de observar


Nos dados, testes do Zordan (+1) e do Sarp (+3) nesta ordem

O membro 'Erulindya' realizou a seguinte ação: Lançar dados

---

#1 'd20' :

#1 Resultado : 4

--------------------------------

#2 'd20' :

#2 Resultado : 9

Nyneve olha de Zordan para o Lorde Sarp, sabendo que não tinha condições de demandar muita gratitude do velho, ainda mais com as concessões que teria para negociar com o prefeito. No entanto, ela responde com uma gratidão tão fingida quanto a generosidade desse senhor.

-Agradecemos tamanha generosidade. Prossiguemos, então.

Quando, então, ela se dá pela falta de Garra Vermelha. 

"Essa não... Onde ele foi se meter?"


Antes de seguir ela olha para os lados à procura do amigo.


[Teste de Observar +3]

O membro 'Gregory Ioriss' realizou a seguinte ação: Lançar dados

---

'd20' :

Resultado : 7

OFF: Nossa, todos foram muito ruins nas jogadas hehehehehehe

Sarp os conduz até a Bainha Escarlate. É curto o tempo que você fica procurando, pois Garra Vermelha aparece em seguida carregando uma algibeira e colocando uma daquelas pedrinhas douradas que ele te deu dentro. Ele vem em sua direção e te entrega, como se a algibeira fosse sua. 

[Orelha-Pontuda pega. Presente Garra Vermelha] - diz em Subterrâneo.

Vocês caminham um pouco e logo param de frente para uma construção que parece ter sido alvo de algum conflito... Lord Sarp conta a história para vocês:

O edifício já foi uma ruína abandonada, até que foi adquirida e levemente renovada por Anthara Shalymarr. Obviamente, esta taberna já foi um prédio queimado e arruinado e ainda parece. Anthara prega tapeçarias de maneira simples os buracos e marcas de queimadura. Assim, o interior empoeirado e decadente e parece mais um harém em ruínas. Mas os móveis são bastante confortáveis! Inclusive famoso viajante Volothamp Geddarm uma vez visitou a taverna e disse que gostou! Por favor, meus amigos, entrem! - Indicando a entrada.

Zordan abre a porta para você passar, entrando em seguida.

Lá dentro, vocês percebem que o lugar está vazio. Mesmo assim, são recebidos pela anfitriã, Anthara, que é humana, de constituição alta e sinuosa, com olhos escuros. Usa vestes simples, sem adornos, e deixa uma adaga à mostra. Já é uma quase senhora. Ela os recebe com um sorriso no rosto e na voz:

- Mas que noite maravilhosa! Com toda essa moléstia rondando a cidade, não achei que veria clientes tão cedo!

- Estes são a Senhorita Nyneve e meu grande amigo Zordan! Eles vieram com este barrigudo para comer e conversar! Por favor, Softangles, prepare para eles o melhor da casa, pois eles salvaram a cidade!

- Sim my Lord!

Antes de sair, porém, ela diz a você e Zordan:

- Meus queridos, aqui vocês podem falar o que quiserem, sem receio de serem acusados de coisa alguma. Tenho um acordo com o Senhor RedBeard para que minha taverna seja um local livre para todos.

Ela vê o Kobold:

- O que devo trazer para seu mascote?

OFF: Essas pedrinhas que ele fica me dando são moedas? Ou são pedrinhas mesmo? Parece ouro? Outra coisa, a historiadora élfica tbm está acompanhando eles?

Quando Garra Vermelha volta, Nyneve pega a algibeira disfarçadamente e diz séria com ele em Subterrâneo:

-Garra Vermelha, obrigada mas não saia de perto de mim. Você sabe que muitos humanos tem problemas com a sua raça e se você estiver longe de mim mais problemas podem acontecer, para você e para mim.

Ao chegar na taverna, Nyneve ouve a descrição de Lord Sarp sobre o lugar. Tinha curiosidade de saber o que acontecera anteriormente ali, mas no momento tinha assuntos mais urgentes para tratar. 

Nyneve, no entanto, se simpatiza com a humana Anthara e seu tratamento igualitário para com o Kobold. Ela pergunta ao amigo:

-Garra Vermelha, estamos aqui para conversar com o prefeito sobre o futuro das minas e das relações entre o Clã dos Kobolds com os humanos, enquanto comemos. O que você gostaria de comer?

OFF: são pedrinhas estilo minério de ouro ou mica. Parecem ouro bruto.

Quando você pega a algibeira, ela está beeeem pesada. Tem muito metal pesado aí e algumas pedras preciosas, além das pedrinhas do kobold.

Você dá a ordem e Garra Vermelha fica grudadinho mesmo, que nem um cachorro. Você anda, ele anda; você senta, ele senta.

-Garra Vermelha, estamos aqui para conversar com o prefeito sobre o futuro das minas e das relações entre o Clã dos Kobolds com os humanos, enquanto comemos. O que você gostaria de comer?

- Garra Vermelha faminto. Garra Vermelha come filhote humano inteiro! - diz sorrindo - Orelha Pontuda come filhote humano? Carne macia!

Nyneve fecha a cara para o kobold e diz com indignação:

-Garra Vermelha, você não pode comer filhotes de humanos. Nem você nem o resto do clã. Se você quiser paz com os humanos, não pode fazer isso. Você gostaria se eu comesse um filho de kobold? Não, né? Meu pai é humano. Eu sou filha de humano, você quer me matar?! Você vai comer o que a gente comer então.

Depois ela volta a falar em comum para Anthara.

- Pode trazer o mesmo para o Garra Vermelha. Obrigada.

Garra Vermelha abaixa a cabeça parecendo um cãozinho que foi repreendido por comer a bota cara de couro comprada ontem! Mas entende bem a situação que você expôs para ele.

Anthara sorri e se afasta, fazendo uns sinais para duas moças que estavam lá com ela, mas que só apareceram agora. Deviam estar na cozinha. Enquanto aguardam a comida ficar pronta, uma das meninas vem servir vinho e cerveja para vocês. Ela deixa na mesa um barril de cada e um copo para cada um.

- Então, amigos! - diz Sarp empolgado - Este barrigudo aqui deseja iniciar a negociação. Desejam adquirir uma propriedade? Comprar terras? Abrir uma guilda?


Zordan fica de olho em Sarp para captar qualquer indício de farsa ou aproveitamento.

Nyneve cruza os dedos à sua frente para começar a falar.

- Bom, Senhor Sarp. Como eu já lhe disse antes. Não teríamos conseguido resolver o problema da mina e da água se não fosse pelo meu amigo aqui e o seu clã. O lugar havia sido tomado por um Orc com poderes mágicos que escravizou dois clãs de kobolds, amaldiçoou a nascente do rio que alimenta a cidade e matou vários dos habitantes da cidade. Com a ajuda de Zordan, Garra Vermelha e os outros kobolds, conseguimos derrotar o Orc e restaurar tudo à normalidade. Por isso tem duas coisas que gostaria de pedir ao senhor. A nascente na mina é um lugar muito valioso para Wheloon além de ser um local sagrado para a deusa Eldath. Por isso, é importante que um patrimônio tão valioso para a humanidade seja bem cuidado e protegido. 


Ela faz uma pausa pra respirar e pensa em como continuar.

- Por termos ajudado na recuperação da nascente, gostaria que o lugar pudesse funcionar como um santuário de Eldath, onde suas sacerdotizas pudessem realizar seus rituais, além passar a oferecer assistência à comunidade de Wheloon. Uma congregação de Eldath faria muito bem para a cidade e seus habitantes. E para reforçar a segurança do local, também gostaria de pedir-lhe que aceite o antigo clã de Garra Vermelha a ocupar a parte superior da mina que normalmente já não tem a movimentação dos mineiros. O clã, sob a liderança do kobold M'dok estão dispostos a colaborar com os humanos para a proteção da mina e ajuda mútua, como uma aliança. E nada melhor do que a benção de Eldath para simbolizar um novo período de paz entre raças que por muito tempo tiveram relação de guerra. Essa é a minha proposta para o senhor. Espero que o senhor entenda os benefícios do que estou lhe propondo.


Nyneve suspira depois de falar.

Sarp cofia um pouco... depois serve e degusta a bebida... Então olha bem no seus olhos de forma demorada e diz:

- Aceitar um templo de uma divindade, este turrão acha plausível... mas pedir para os mineiros dele, homens de bem , pais de familia e trabalhadores, para firmarem aliança com esses répteis abjetos... já é exagero!

Ele se acomoda na cadeira e prossegue com a voz mais altiva:

- A senhorita percebe que podemos perder negócios com esse acordo? Quem vai garantir que essas pestes não roubem do que for minerado? Sua Deusa? Você? Aquele belo garanhão lá fora? Ah, faça a este barrigudo outro pedido!

Zordan sente certa agressividade no tom dele, na verdade, sentiu como se fosse um desrespeito, então se levanta, desembainhando a espada até a metade, como se fosse brandí-la. O kobold rosna.

- Meça suas palavras ao falar da senhorita Nyneve e dos cach... dos kobolds, Lord Redbeard. Não há necessidade de exaltação!

- OwOw! Tenha calma, Amigo! Este velho barbudo quis dizer apenas que essa proposta é absurda! Sem ameaças!!! - diz baixando o tom e tomando mais um gole de cerveja

Zordan cinge a espada e se senta. Garra Vermelha se acalma e volta sua atenção para você.

- O que mais poderia ser feito para agradar vocês?

Enquanto Lord Sarp falava, Nyneve sentia um aperto crescente no peito. Antes que sua agonia a fizese explodir, Zordan intervem mostrando estar do seu lado. Ela tenta se recompor, mas a pergunta do velho barrigudo a faz levantar da mesa. Ela diz impaciente:

-Esse é um lugar para sermos francos e falarmos livremente certo? Então vamos lá... Não me admira que Wheloon tenha chegado ao ponto que chegou com alguém como o senhor no governo. Como o senhor ousa a desrespeitar os deuses! Isso terá punições severas. Não pense que a Mãe d'Água por ser uma deusa pacífica que ela não pune com a severidade de uma mãe! Além de tamanha indelicadeza com a vontade divina, o senhor é um inepto ignorante! Sei sobre a sua desavença com Suzano. Esta aliança com o clã de M'bok seria uma excelente oportunidade de jogar na cara deles, que até os kobolds tem servido mais ao povo de Wheloon do que o governo de Suzano! Seria linda a história do prefeito que conseguiu até converter kobolds para o nosso lado, fazendo-os cooperar conosco, sob a benção da deusa. Mas pelo visto o senhor prefere que o povo lembre de você como o prefeito incompetente que deixou grande parte da cidade morrer, e que acabou sendo salvo por kobolds, os mesmos kobolds que ele rejeitou logo depois deles terem salvo a cidade. Diga-me Sr. Sarp. Qual narrativa você prefere que fique conhecida?


Nyneve bufava, ela já estava falando alto o suficiente, de modo que se tivessem pessoas sentadas em outras mesas, provavemente elas teriam escutado.

Seu argumento foi assertivo o suficiente para fazer o gorducho tremer nas bases, mas dessa vez ele não retruca. Percebendo o desconforto do Lord, a elfa, que até então parecia estar alheia a tudo, para de escrever e diz:

- Se me permite, My Lord, a senhorita Nyneve tem vários pontos a favor dela. Lembre-se que suas ações ficarão marcadas na história de Wheloon por muitas e muitas gerações humanas depois da sua e seria uma vergonha para a família Redbeard ser lembrada por causa de uma decisão impensada.

Ele continua calado. Nisso, chega Anthara e suas ajudantes com o banquete. Elas posicionam as bebidas para o centro da mesa e colocam as comidas e os pratos mais proximos de vocês. Para o kobold, a anfitriã entrega uma tigela com uma coxa inteira de cordeiro "afogada" numa sopa de legumes, depois faz um gesto para ele com as mãos indicando que é para comer. A vocês ela diz:

- Meus caros! Essa é a especialidade da casa: cordeiro assado em um molho crocante de gergelime mel embebido em uma sopa de repolho, batatas e rabanete, acompanhado com uma salada de folhas frescas, cortesia do druida local. Por favor, provem!

Lord Sarp continua calado, mas faz um gesto para que vocês preparem seus pratos primeiro. E Zordan aguarda você preparar o seu primeiro. Você vê as moças se derreterem por acharem fofo o gesto do kobold oferecer a coxa de cordeiro para você.

[Orelha-Pontuda líder. Líder morde primeiro. Costume clã Garra Vermelha]- diz em Subterrâneo.

Nyneve se senta triunfante. O silêncio do velho Sarp lhe dava uma sensação de vitória quase tão grande quanto a de derrotar o orc encantado. Ao refletir um segundo sobre o assunto, talvez ela não devesse tê-lo chamado de incompetente, ela já tinha pontos o suficiente ao seu favor. De qualquer forma, ele bem que mereceu. 

Assim como as meninas da taverna ela também acha fofa a atitude do Garra Vermelha e aceita a oferta do kobold, como se fosse uma recompensa pela vitória.

-Obrigada, Garra Vermelha. Já que estamos numa civilização de humanos, preste atenção em como comemos e tente fazer igual, viu? 


Nyneve pega uma colher para mostrar como tomar a sopa. Em seguida ela usa um garfo e uma faca para cortar um pedacinho da coxa do cordeiro.


-A comida está mesmo deliciosa. O Senhor Sarp tinha razão quanto à qualidade da comida daqui! Obrigada pelo convite. O senhor é realmente muito generoso, não é mesmo? 



Nyneve então se serve rapidamente para que os outros pudessem ter vez.

Anthara sorri e se afasta para que comam e negociem com mais liberdade. Todos os demais se servem logo depois de você e fica um clima como se um mago tivesse conjurado "zona de silêncio". Uma troca de olhares à espera do primeiro a quebrar o gelo, exceto o ofendido que ficou de cabeça baixa o tempo todo.

Lá pela metade da refeição, ele aproveita que as moças vieram trocar os barris de cerveja e as garrafas de vinho, se levanta e diz:

- Senhorita Nyneve... sua fala é suave, porém suas palavras são tão afiadas quanto uma adaga de boa qualidade! E com uma boa adaga, atingiu este turrão exatamente onde não havia defesa alguma.... - ele bebe mais um gole de cerveja - De fato seria muito ruim para minha cidade se a Princesa de Ferro soubesse do que houve aqui. Certamente algum daqueles Dragões Púrpura ou um nobrezinho mimado assumiria a regência de Wheloon.

Ele vai para o centro do salão para que todos possam vê lo e ouví-lo, então prossegue:

- Façamos assim: este cabeça dura aceita seus termos. Todos eles! Não quero problemas com os Deuses e muito menos com os Obarskyrs... E para selar o acordo faremos uma grande festa em homenagem a nossos heróis!! O que me dizem?

Acredito que você descobriu um dos pontos fracos dele... depois da festa, precisarei voltar para a Suzail e reportar o fim da missão. - comenta discretamente.

Todos mantêm seus olhares para vocês ansiosos pela resposta.

Nyneve sorri singelamente. 

-Obrigada, Senhor Sarp. Imagino que todos temos o que comemorar. Agora acho que tudo o que precisamos é de um bom descanso. Esta foi uma noite turbulenta. Os ferimentos de Zordan precisam de uma boa noite de sono para melhorar. 

Ao comentário de Zordan, Nyneve consente com a cabeça e diz baixinho.

-Certo, gostaria de conversar com você depois.

Ao que você responde, Sarp declara:

- Ótimo! Então temos um acordo! Este gordo aqui fará a maior festa que essa cidade ja viu!

Todos levantam seus copos de cerveja e gritam:

- UHHAAA!

Zordan se volta para você:

- Senhorita Nyneve... prefere conversar neste estabelecimento ou em algum local mais reservado?.

Antes que responda, alguém adentra repentinamente no recinto: aparenta ser um humano alto de pele bronzeada, cabelo comprido castanho claro e olhos verdes. Aparenta estar nos seus 40 anos. Ele usa vestes rústicas, tiras de pano cobertas com peles de animais e as tiras estão cheias de folhas secas como se ele tivesse caído de uma árvore direto em um monte delas. Ele carrega um cajado de madeira em uma das mãos e na outra algumas garrafas de barro amarradas com cordas.

- Lady Softangles! Sua encomenda.

- Thirlrthorn!! Meu druida favorito! Por favor, entre! Descanse um pouco.

- Sinto muito, Softangles! Preciso levar esses itens às famílias afetadas pela peste. diz atravessando o salão e deixando as garrafas sobre a bancada.

- Caro Druida! Não precisa se apressar! Estes dois.... er, três aqui descobriram e eliminaram a fonte da moléstia! Se puder, ajude o meu amigo, pois está muito ferido. diz apontando para Zordan.

Zordan faz um sinal de "não precisa", mas o druida lhe oferece 2 frutos-pão para que possa dele comer.

- Por favor, aceite. Se sentirá melhor depois de comer. - diz ele gentilmente - Sou Orlenstar Thilrthorn, vosso servo. cumprimentando-os.

Quando estava prestes a responder ao Zordan, a atenção de Nyneve é desviada ao recém chegado. Assim que mencionam o druida, o rosto de Nyneve brilha com animação, como se o destino estivesse sorrindo para ela. 


-Orlenstar Thirlthorn? O senhor deve ser o druida que cuida do santuário de Silvanus, certo?! Essa frutas lhe farão muito bem, Zordan. Obrigada, senhor!


Ela mal podia conter sua animação.


-Permita-me apresentar-me! Eu sou Nyneve Amarathil, sacerdotisa de Eldath, filha de Devan Lionheart, druida de Silvanus no Vale Profundo. Eu parti do Vale Profundo há quase 5 dias para vir para Wheloon e ainda não tive a oportunidade de mandar notícias ao meu pai. Imagino que ele esteja preocupadíssimo comigo. Como ambos possuem afinidade com os caminhos da natureza, seria muito incômodo enviar uma mensagem a ele dizendo que a sua filha chegou em Wheloon e passa bem? Eu estava mesmo para ir procurá-lo em breve!

- Sim, é o meu ofício cuidar daquele templo.

Zordan come os frutos e suas feridas se curam instantaneamente. O guerreiro fica perplexo. Diante de seu pedido, o druida responde:

- A filha de Lionheart! Que honra! Saiba que tem, em minha pessoa, um tio com o qual sempre poderá contar, viu, mocinha? - diz em um tom paternal enquanto segura seu queixo com as pontas dos dedos - Não se preocupe. Amanhã mesmo enviaremos sua mensagem!

Ele te dá um abraço aconchegante, ddepis se dirige à porta e diz:

Preciso ir atender as famílias! Me procure no templo amanhã!

E sai em seguida. Os presentes no salão ficam boquiabertos e demoram para voltarem a si. Sarp vem todo sem jeito lhe falar:

- Em todos esses anos nunca o vimos agir desse jeito!

A senhorita Anthara chega em seguida e pergunta:

- Se não tiverem onde pernoitar, posso oferecer um dos meus cômodos. É o mínimo que posso fazer por vocês em agradecimento ao que fizeram pela cidade.

Zordan não tem objeções.

Depois da tensão em ter que lida com o velho Sarp, o acolhimento aconchegante do druida foi reconfortante.

Ignorando as palavras do prefeito, Nyneve volta-se para Anthara:

-Se não for incômodo, ficamos muito agradecidos pela sua hospitalidade. Não iremos nos delongar por muito tempo, certo Zordan?

Por último ela pergunta ao Lord Sarp.

-Aliás, Senhor Sarp. Para quando tem planejada a celebração?

- Assim que todas as familias se recuperarem, este velho acredita que em dois ou três dias, pois não será uma festa medíocre. Esta ficará para a história! - diz gargalhando alto.

- Quando quiserem se recolher, só me avisar. - diz Anthara indo atender os outros clientes e dar ordens as ajudantes.

Você nota que depois que você e Sarp se entenderam, a elfa Estspirit não parou mais de escrever. Em determinado momento ela se levanta e vem lhe falar:

- Como devemos anunciá-los na celebração? Vocês têm algum nome de guerra ou epíteto?

Nyneve fica meio sem reação praquela pergunta. Não era algo que ela estava esperando.

-Ahn.. Eu sou Nyneve Amarathil... Este é o Garra Vermelha. Ainda tivemos a ajuda de M'dok e seu clã. Parte do clã era de Garra Vermelha, mas agora todos respondem à liderança de M'dok. Não... Eme... apóstrofo..Dok com k mudo... Isso. E claro não menos importante, nosso grande Zordan...


Ela deixa a frase suspensa no ar para que seja completada pois não sabia o sobrenome do amigo.

-Não temos um epíteto. Deveríamos?


Ela pergunta a Zordan.

Epíteto? Prefiro deixar que o futuro se encarregue de tal tarefa. Anuncie somente Zordan, lady Estspirit

- Como desejar, Lord Zordan.

Com as tarefas encaminhadas e a refeição terminada, Sarp e a Arauta se retiram, alguns dos presentes também e outros poucos ficam e se recolhem aos aposentos.

- Senhores... por aqui... - Anthara lhes entrega uma vela para cada um e mostra o caminho até o quarto.

O recinto acompanha a decoração do salão, aqui também se vê que o local foi reformado, porém ainda não acabado, mas ainda assim oferece um ambiente confortável para um bom descanso. Há dois baús abertos recostados nas camas que estão dispostas mais ao fundo do quarto, cada uma de um lado da janela. Elas estão forradas com um lençol de seda e um cobertor de pele sobre ele. No centro, uma banheira com um pano dobrado em sua beirada repousa sobre um tapete com um padrão de desenho muito bonito, parece ter vindo de longe. Nas paredes próximas da porta, há duas tochas fixas apagadas e embaixo de uma das tochas, uma caminha forrada com lã.

- Este quarto é especial. Se precisarem guardar algo muito precioso ou até mesmo se esconder, podem usar o acesso ao sótão. - aponta para cima - Como podem ver, a abertura fica perfeitamente selada com o teto.

De fato vocês não perceberam nada de diferente. A não ser que não se vê as telhas verdes sobre suas cabeças. Ela lhes mostra como abrir o mecanismo:

- Contem 3 passos da janela em direção ao centro, e tateiem até encontrar uma lasca "falsa". Puxem-na e o acesso se abrirá. Somente vocês e eu sabemos disso, então não se preocupem. Se precisarem se lavar, as meninas podem trazer agua para vocês. Desejo-lhes uma ótima noite!

E se retira, deixando-os à sós.

OFF: está livre para agir .